O descaso do Gato

Ontem a Fran resolveu me pregar uma peça. Uma boa peça. Quase tive um ataque cardíaco! Mas bem, vamos a história...
Cheguei em casa tarde, como sempre. Tinha tido aula até as 7, peguei o bus e fui para casa. Entrei e estranhei não encontrá-la na porta, para me cumprimentar. Deixei minhas coisas no quarto e comecei a chamá-la. Ta, eu sabia que era inútil, afinal gatos não são iguais cachorros, você pode berrar o nome do gato o quanto quiser, ele não vai até onde você está.
De qualquer forma, eu continuei chamando ela enquanto olhava pelos cômodos abertos da casa para ver se a achava. Nada. Percebi que a janela do banheiro estava aberta e concluí que ela tinha se trancado lá dentro de novo (ela consegue entrar pela janela, mas não sair... vai entender). Já até tava com dó e abri a porta toda rindo e pensando tadinha... ficou sem água e comia todo o tempo... tenho que lembrar de fechar a janela....
Nada de Fran no banheiro. O desespero começou a tomar conta. Será que ela fugiu enquanto eu saia e eu não vi? Ai meu deus, ai meu deus, ai meu deus....
Fui para o outro quarto e olhei embaixo da cama. Entrei em baixo da cama para ter certeza de que ela não estava escondida no meio dos panos já rasgados do que era o forro da cama (adivinha quem rasgou??) e o desespero já estava imenso. Eu quase me machuquei vasculhando que nem louca embaixo da cama. Nada de Fran.
Pronto, já berrava o nome dela feito louca. Tentei me acalmar para procurar direito. Respira Respira Respira. Olhei embaixo da minha cama, no meio das cobertas, abri a porta do meu banheiro (Quem sabe eu não a tranquei lá?), revirei as caixas, olhei embaixo da pia, do armário, da mesa, na "casinha" dela, do lado de fora.
Já tava quase descabelando, pensando que ia ter que ligar para a Milene e avisar que minha amada filhota estava desaparecida. Ia acionar a cavalaria. Mas eu precisava ter certeza, né?! Afinal, ela já me pregara peças antes. Resolvi fazer uma última volta pela casa atrás da minha pequena.
Fui de novo no quarto, olhei todos os cantos. No outro quarto, nos dois banheiros, olhei para as janelas (ela tem mania de se mimetizar com a janela), pra cima pra baixo... Já estava pegando o celular quando ouvi um "miau".
Olhei para cima. Em cima do meu guarda-roupa eu vi um par de orelhas. Logo vi todo o rosto. Ela olhou para mim com uma cara de O que essa louca ta fazendo que não para de gritar o meu nome? Eu estava em estado de choque. Um misto de emoção, raiva, alívio, desespero. Olhei para ela e falei Fraaaaaan numa entonação bem do tipo Como você fez isso comigo?
Ela simplesmente me olhou, colocou a cabecinha de lado dizendo Do que você está falando? Você era a louca falando meu nome! Eu só olhei para ela e falei Você tem noção no susto que deu na mamãe?
Ela pegou e deu uma cambalhota ainda em cima do guarda-roupa, ficou de barriga pra cima e fez o "charminho" de sempre. Acho que isso foi uma resposta bem significativa ao meu comentário. Uma resposta digna de Fran.
E eu? Simplesmente sorri. Ela é assim... e graças a Deus ela estava em casa. Mesmo eu tendo quase tido um ataque cardíaco com o desespero, fiquei extremamente feliz dela estar bem. E daí se ela não responde? Já me acostumei a ter que procurar por ela mesmo... ^^
P.S. As imagens contidas nesse post não são de minha autoria e nenhum desses gatos é a Fran. Todas foram encontradas pelo Google.

1 posts:

Milene 5 de novembro de 2010 às 09:01  

Bah Fenana, que sustinho a Fran te deu... eu já "perdi" gatos lá em casa e sei como é. Dá um pavor horroroso, ainda mais eu que já perdi uma gatinha atropelada, então tenho pânico de que elas saiam na rua. Agora, a tua descrição a respeito do comportamento dela, nossa, é muito engraçado! Lá em casa é a mesma coisa. hehehehe

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