Quando contar...

A maioria das pessoas que me conhecem, ficam impressionadas com o excelente relacionamento que eu tenho com a minha mãe. Ela realmente é a minha melhor amiga, a pessoa para quem eu conto tudo o que eu faço, que eu corro para pedir conselhos, para chorar, para compartilhar as alegrias, para eu perguntar se estou certa ou errada, para ouvir os problemas dela e dar meus pitacos. E o que é o melhor, é que não importa o que eu diga para ela, ela sempre vai me amar...
Apesar dessa última frase ser um pouco egoísta, é uma das principais razões da minha forte amizade com a minha mãe. Com ela, eu não preciso usar meias palavras, ser educada da hora de dizer "você está gorda" ou deixar de criticar por medo da reação. Não que eu precise ou falte com o respeito a ela, mas isso é porque eu praticamente não sou grossa ou desrespeitosa com ninguém. Só que com a minha mãe, a nossa amizade a anos passou do estágio "isso eu não posso te contar".
As pessoas podem até discordar disso, de que não há isso com outras amizades, mas há sim. Por mais que você é amiga de uma pessoa durante anos, não é fácil dizer para ela "ah... mas a verdade, flor, é que ele só queria sexo e você está viajando", ou "então, você ta um pouco acima do peso, está na hora de cuidar da sua forma..." ou ainda "nossa, esse cabelo realmente ficou horrível para você". Esse tipo de sinceridade nua e crua, além de nem um pouco educado, desagrada a todos. Eu detesto ouvir isso, e principalmente não falo.
Pessoas extremamente sinceras tem a tendência a ser odiadas. As poucas que eu conheço que faz esses comentários desagradáveis, e olha que nem são amigas mesmo, eu já evito conviver. É bom ser avisada que está sendo chifrada ou que está gorda, mas além do tato para dizer isso, tem a hora, a confiança e, principalmente, a real necessidade. Acho que isso é o mais difícil, saber quando é necessário passarmos da barreira do "politicamente educadas e corretas" e ir para a "verdade nua e crua e doloridíssima".
Veja bem, não é uma decisão fácil. A verdade, por melhor que seja, e por sempre estarmos levantando a bandeira do "prefiro uma verdade a uma mentira", nem sempre é realmente a melhor coisa. As consequências de dizer algo complicado para o outro podem ser catastróficas. Às vezes você acha que está fazendo o bem, mas na real você só está fazendo o outro sofrer e não necessariamente aquele sofrimento era necessário. Além disso, sempre sobra para o mensageiro.
Acho que o que eu estou tentando dizer é que nem sempre avisar sua amiga que o namorado dela estava conversando no corredor de maneira muito suspeita e flertiva com uma piriguete gostosa é a melhor coisa. Só que até que ponto é egoísmo não dizer nada? Ou dizer? O que realmente é certo?
Algumas pessoas falam que preferiam saber de tudo. Que a verdade é sempre melhor. E se nós não temos a verdade e não tem como termos? E se for só uma suspeita, grave, mas uma simples suspeita? O que devemos fazer? Avisar à pessoa ou fingir que não sabia?
Infelizmente o mensageiro é sempre o morto na história. Por isso que existe o ditado "em briga de marido e mulher, não se mete a colher". Na vida alheia, a gente não se mete, a não ser que é chamado. O difícil é ver tudo a distância, querendo ajudar, e ter que ficar calado. Eu acho esse papel de espectador horrível, mas respeito. Apesar do outro não ter pedido privacidade, é isso que eu posso dar. Dizer a suspeita, eu acho, só vai piorar. Mas não sei. Para esse dilema eu gostaria de saber a resposta.
O jeito é rezar e esperar a intervenção divina.... =/

P.S.1. As imagens contidas nesse post não são de minha autoria e nenhum desses gatos é a Fran. Todas foram encontradas pelo Google.
P.S.2. Às minhas amigas que acompanham o blog, não vi o namorado de nenhuma conversando no corredor ou em outro lugar com nenhuma piriguete gostosa. Eu realmente estou suspeitando de algo que não tem nada a ver com a vida amorosa de ninguém. Então, fiquem tranquilas!!! ^^

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